A construção deste Livro Coletivo foi pensada como uma janela aberta, um espaço de escuta, que se vai alargando à medida que é lido e coconstruído. As histórias partilhadas dão futuro à memória e convidam-nos a todos a assumir o legado desta escrita coletiva, alicerçada em experiências, aprendizagens, ressignificações, num ritmo intercalado entre proximidades e distâncias
POR HELENA OLIVEIRA

As reflexões que contribuíram para o estudo “Ética e Trabalho Hibrido”, e para esta obra em particular, partiram do mote “Os desafios éticos que vivi /vivo / vamos viver com o trabalho hibrido…”

Como se pode ler na introdução de Proximidades e Distâncias: Desafios Éticos do Trabalho Híbrido “a linguagem que tece os textos deste livro é mensagem, e não apenas meio de comunicação. O trabalho híbrido é representado através de imagens e metáforas, que alargam o sentido para lá do contexto linguístico, abraçando a dimensão conceptual e o agir. Ou seja, o modo como dizemos a realidade modela a forma como a pensamos e como agimos nela e sobre ela. As imagens da rede, do encontro e do diálogo coexistem nas narrativas que tecem este livro com a necessidade de desconectar, o medo do desencontro e o peso da desconfiança.”

Por isso “as histórias que se anunciam nas próximas páginas dão futuro à memória e convidam-nos a todos a assumir o legado desta escrita coletiva, alicerçada em experiências, aprendizagens, ressignificações, num ritmo intercalado entre proximidades e distâncias”.

Após cada um dos cinco capítulos – I Proximidade na distância: Vozes e reflexos; II Proximidade e distância: Olhares; III Geografia da proximidade e da distância: Espaços e Tempos; IV Proximidades e distâncias: Histórias a contar; V Na proximidade da distância: Diálogo – com os 23 textos selecionados, há também um convite para que cada um registe por escrito as suas próprias reflexões sobre o passado, o presente e o futuro do mundo do trabalho.

Por isso, em “Ao Leitor”, partilha-se que este livro foi pensado “como um tecido de narrativas aberto a outras vozes que possam em conjunto (re)pensar o que verdadeiramente importa no

contexto do trabalho de cada um e de todos nós. Assim, os textos partilhados nesta obra podem ser fonte de outros textos-narrativas-poemas-pensamentos que promovam reflexão/escrita e que sejam impulsionadores da criação de espaços seguros nas organizações para conversar sobre ética”.

Em modo de posfácio, conclui-se no início de “Infinito Desejo” que “mais do que crítica sisuda ou certezas doutrinárias é procura, sugestão e poesia o que ressuma dos textos deste livro coletivo. Porque somos sedentos de ser; porque trazemos em nós a nostalgia da unidade; porque procuramos essa reconciliação ou suprema harmonia entre a luz e a sombra, o ponto e o contraponto, a presença e a ausência, a plenitude e a carência, a proximidade e a distância.”

Este livro coletivo, recheado de belíssimas ilustrações inspiradas nas narrativas, recorda-nos que “Importa alargar o Fórum, convocar diálogos, abrir o espaço público, dar visibilidade à interrogação, desafiar o convencional e o estabelecido, acreditar, redesenhar e reinventar mapas para, juntos, habitarmos essa grande, imensa casa do futuro”

Desfrute da sua leitura e das suas ilustrações e inspire-se para dar futuro à memória! 

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NOTA: Entretanto, espreite aqui e, num só minuto, veja o VÍDEO que foi feito para o complementar.

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