Quando somos invisíveis aos olhos dos outros

Num mundo em que a imagem é rainha e as aparências são muitas vezes sobrevalorizadas face às competências, é fácil avaliarmos as pessoas não pelo que são, mas por aquilo que mostram ser. Mais grave ainda, numa sociedade que pouco valoriza a meritocracia avaliando, ao invés, outros critérios contrários ao “mais vale ser do que parecer”, muitos são aqueles que passam a vida na invisibilidade. O vídeo acima, apesar de retratar pessoas com necessidades especiais e de recordar que a força da vontade pode, realmente, mover montanhas, não se destina apenas à reflexão da indiferença a que são votadas estas pessoas, mas também muitas outras que, não correspondendo aos parâmetros estabelecidos pela sociedade face ao poder da imagem e do “saber estar”, são injustamente questionadas face ao seu valor e capacidades. Mais ainda, são votadas ao ostracismo e acabam por se tornar invisíveis.

Para tentar aferir qual o contributo da “aparência” na avaliação que fazemos dos outros e na que os outros fazem de nós, comece por responder às simples questões que se seguem

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DESAFIO

Cada empresa ou organização obedece, muitas vezes inconscientemente, a padrões determinados de “boa aparência”, sendo o mesmo, e obviamente, diferente de acordo também com as especificidades do ambiente laboral em causa. Sabemos, por exemplo, que um colaborador numa consultora, que lida com clientes institucionais, não pode optar pela mesma indumentária que alguém que trabalhe num café e que lide com clientes “comuns”. As regras do bom senso existem e não é delas que aqui se está a falar.

Mas, e mais formais ou menos formais – a verdade é que existe uma espécie de “dressing code” dominante na maioria das organizações e aqueles que, por motivos diversos, não o cumprem – seja porque não podem, seja porque não querem, seja porque não concordem com “formatações desta natureza” – são muitas vezes não só “olhados de lado” como, mais grave ainda, “postos de lado”, passando a trabalhar na invisibilidade.
Adicionalmente, esta discriminação atinge também aqueles que realmente têm algum tipo de deficiência ou necessidade especial, bem como trabalhadores de raças ou etnias distintas da dominante. Assim, enquanto líderes ou enquanto pares, o que é possível fazer para que estas pessoas não sejam injustiçadas, no que às suas competências e oportunidades no interior das empresas e organizações diz respeito, tendo exactamente os mesmos direitos e possibilidades que os demais?

O espaço é para reflexão e foi também por isso isso que pedimos a Carolina Pinto, membro da equipa de Recursos Humanos Corporativos da Colep, uma empresa que realmente se pode orgulhar de rejeitar todas as formas de discriminação e de promover a igualdade de oportunidades, que comentasse este pequeno filme. E vale a pena ler e pensar sobre o que escreveu.

Por fim, mas não menos importante, se considera que a sua empresa é um bom exemplo no que respeita a políticas de inclusão, partilhe-as com o VER na caixa de comentários.

Valores, Ética e Responsabilidade