Os empresários e gestores cristãos rejeitam novas medidas de austeridade, que consideram desnecessárias, e acusam o Governo de não ter feito o suficiente na renegociação das rendas excessivas na energia. A nível internacional, o Barómetro de Maio da ACEGE reflecte a discórdia em relação à ideia de criação de uma moeda paralela para que a Grécia possa pagar as suas dívidas – o “geuro”

A principal conclusão da mais recente edição do barómetro mensal da Associação Cristã de Empresários e Gestores, realizado em parceria com o jornal OJE e a Rádio Renascença, indica que o Governo não terá de adoptar novas medidas de austeridade, ao contrário das previsões relativamente ao cumprimento das metas orçamentais por Portugal anunciadas no último relatório da OCDE – Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico.

Mais de metade dos executivos (53,3%) associados da ACEGE acreditam que tal não será necessário. E apenas 32% admite a implementação de novas medidas de austeridade, se tal for necessário para cumprir as metas orçamentais.

Não obstante, algumas políticas recentes merecem críticas: a renegociação das rendas excessivas na energia foi anunciada pelo Ministro da Economia como um grande passo do Governo, mas os empresários esperavam mais. O executivo conta poupar 1.800 milhões de euros, um valor insuficiente para mais de metade dos inquiridos. Apenas 22% se mostram satisfeitos com o valor alcançado.

Uma larga maioria dos inquiridos no barómetro mensal (64,5%) considera que a medida que prevê que, a partir de Junho, os desempregados possam acumular subsídio de desemprego com o salário, vai estimular a contratação e o regresso ao mercado de trabalho. 26,3% estão contra a medida do Executivo de Pedro Passos Coelho.

Quanto às declarações proferidas pelo primeiro-ministro a propósito do desemprego, sustentando que este deve ser encarado como uma oportunidade para uma mudança de vida, do total de inquiridos, 44% diz que as palavras do chefe do Governo foram mal interpretadas e quase 32% defende que foram inoportunas. Já 23% concorda com a polémica tese de Passos Coelho.

“Geuro” causa discórdia
Em relação à criação de uma moeda paralela para que a Grécia possa pagar as suas dívidas – o “geuro”, como proposto pelo Deutsche Bank, 58,6% dos empresários não concordam, com 17,8% a favor, e 32,7% a ficarem-se pela abstenção.

Este barómetro inclui ainda a questão fixa “Como define o seu estado de espírito em relação ao País?”, que permite determinar uma tendência. Em relação à edição Abril, os empresários cristãos revelam um sentimento de algum modo mais positivo. Os empresários cristãos “francamente optimistas” subiram de 0,7 para 2,0%, e os “moderadamente optimistas” cresceram em número, de 51 para 55 indivíduos.

Contudo, a percentagem em relação ao total das respostas desceu de 36,4 para 36,2%. Os “moderadamente pessimistas” passaram de 26,4% no mês passado para 25,7%, e os “francamente pessimistas” também diminuíram, de 15,7 para 2,5%.

O Barómetro mensal ACEGE/OJE/Renascença, realizado em colaboração com a Netsondajunto de altos responsáveis de empresas portuguesas, é constituído por perguntas de sentimento económico formuladas pelos três parceiros da iniciativa e enviadas aos gestores associados da ACEGE.

A 9ª edição deste estudo de opinião foi realizada entre os dias 23 e 25 de Maio, período em que foram questionados 1091 empresários e validadas 151 respostas.

Aceda aos resultados do Barómetro

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