Mais de 40% dos estudantes da Nova SBE seguem carreiras internacionais e todos encontram trabalho seis meses após terminarem os mestrados. A excelência que caracteriza a já considerada melhor escola de negócios portuguesa deve-se não só à qualidade académica e à estreita relação com empresas e mercado trabalho, mas também à aposta na “formação holística dos alunos”, centrada no “desenvolvimento de aptidões humanas e sociais diferenciadoras, num mundo cada vez mais competitivo”. O programa de voluntariado “Comunidade Nova” é o expoente máximo dessa aposta, formando “cidadãos activos e participativos”, como sublinha, em entrevista, o director da Nova SBE
POR GABRIELA COSTA

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Voluntários do “Comunidade Nova” numa acção de recuperação das instalações da CERCI, em Lisboa

Apoio pedagógico a crianças e jovens, companhia a idosos, acções culturais, recuperação de espaços de lazer, produção hortícola, fundraising, desenvolvimento de projectos de sustentabilidade financeira. São estas as principais necessidades das mais de cinquenta instituições sociais parceiras do programa de voluntariado Comunidade Nova, a que centenas de alunos voluntários dão resposta, no âmbito da formação integral que recebem na Nova SBE, a qual alia conhecimento técnico e científico ao desenvolvimento de aptidões sociais e humanas.

Em entrevista ao VER, José Ferreira Machado explica que os programas da Nova SBE privilegiam uma formação holística, “que compreende programas académicos de excelência e competências sociais ou comportamentais que vão de encontro às exigências dos processos de recrutamento, apostando na formação internacional, no aperfeiçoamento do inglês e no desenvolvimento das capacidades analíticas, de comunicação, de negociação e do trabalho em equipa”.

O director da Nova SBE garante que “é do nosso intuito disseminar esta filosofia de construção de pessoas felizes por outros pólos universitários, contribuindo como paradigma na elaboração de outras iniciativas de voluntariado”.

A Nova SBE é a única escola de negócios em Portugal distinguida com 5 Palmas e com o estatuto de “Universal Business School”, tendo também sido considerada a melhor entre pares a nível nacional e uma das trinta melhores internacionalmente, pelo Financial Times.

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José Ferreira Machado, director da
Nova SBE
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Quais são os objectivos deste Programa de Voluntariado vocacionado para o desenvolvimento de competências sociais e humanas “Comunidade Nova”, o qual envolve centenas de alunos e mais de quarenta organizações sociais?
O objectivo do programa de voluntariado “Comunidade Nova” é precisamente desenvolver competências humanas e sociais que complementem as aprendizagens técnicas e científicas adquiridas na Nova SBE.

Queremos desenvolver uma formação holística dos nossos alunos. Pretendemos formar pessoas, cidadãos activos e participativos, não só em Portugal como também no mundo inteiro. O mercado de trabalho destes jovens é cada vez mais global e, nesse sentido, pretendemos munir os nossos alunos de ferramentas que lhes permitam intervir de forma diferenciadora e solidária em qualquer canto do planeta.

Estamos determinados a contribuir para a formação de profissionais de excelência, que se distinguem quer pela qualidade do ensino ministrado na nossa instituição quer pelo desenvolvimento de aptidões humanas e sociais diferenciadoras, num mundo cada vez mais competitivo.

Face aos desafios que se colocam num ano lectivo previsivelmente marcado pela austeridade, quais são os pedidos mais recorrentes por parte das organizações parceiras?
Actualmente, damos resposta a 52 instituições do terceiro sector. Cada uma delas apresenta características singulares, contudo as necessidades são transversais e passam essencialmente pelas áreas de recursos humanos, sustentabilidade e pela escassez de condições estruturais.

É evidente que as respostas que damos vão de encontro às características e competências dos alunos da Nova SBE, traduzindo-se essencialmente em apoio pedagógico a crianças e jovens, companhia a idosos, trabalhos de âmbito cultural, visitas de escolas a museus, recuperação de espaços exteriores de lazer, produção hortícola e ainda o fundraising, que também é bastante solicitado, bem como o desenvolvimento de projectos na área da sustentabilidade financeira da instituição seleccionada pelo estudante.

O Comunidade Nova foi lançado há já três anos. A meta de alargarem progressivamente o âmbito da iniciativa a mais alunos voluntários e instituições tem sido atingida? Que expectativa tem para as edições do Programa neste ano lectivo, comparativamente aos dois semestres de 2012, durante os quais registaram a adesão de centenas de alunos e milhares de horas de trabalho voluntário prestado?
O nosso Programa tem tido uma adesão muito grande por parte dos nossos alunos, assim como de alunos de outras escolas que muitas vezes nos procuram e pedem para integrá-lo (embora o Comunidade Nova seja exclusivamente para alunos da Nova SBE).

Este ano, temos como objectivo aumentar não só o número de voluntários da Nova SBE mas também o número de instituições parceiras. No ano transacto terminámos com trezentos alunos envolvidos no Programa e, neste semestre, estamos com 360 voluntários a dar resposta a 52 Instituições parceiras.

O que pretendemos é não só continuar a oferecer uma resposta eficaz aos problemas vários dos nossos parceiros mas, sobretudo, sensibilizar os nossos alunos para a importância do voluntariado e do “ser voluntário” no processo de construção de uma identidade mais sólida e potenciadora da felicidade.

Por outro lado, é do nosso intuito disseminar esta filosofia de formação/construção de pessoas felizes por outros pólos universitários. Este Programa tem sido um exemplo e temos dado o nosso testemunho de Norte a Sul do país, contribuindo como paradigma na elaboração de outras iniciativas de voluntariado.

E, no seu entender, a que se deve o facto de o Comunidade Nova estar a servir de exemplo a outras iniciativas universitárias? Que importância terá esta dinâmica em prol da Cidadania, no meio académico?
De facto, como referi, o “Comunidade Nova” serve de paradigma a outras iniciativas não só a nível nacional mas também internacional. Podemos inclusive referir que um dos nossos projectos foi já implementado por um dos nossos alunos em Genebra. Esta capacidade dos estudantes da Nova SBE trabalharem em prol dos outros de forma tão genuína é uma assinatura da escola e que caracteriza a singularidade do nosso Programa, bem como as iniciativas cívicas e de solidariedade que desenvolvemos.

Os estudantes da Nova SBE são naturalmente voluntários, intrinsecamente, e sem qualquer expectativa de contrapartidas externas. O que colocam ao serviço do outro é aquilo que os caracteriza individualmente, o carinho e a compreensão pelo outro, cujas necessidades muitas vezes os nossos voluntários conseguem satisfazer com apenas um sorriso ou uma palavra amiga.

No âmbito da sua participação neste Programa de Voluntariado, os alunos adquirem várias competências e sujeitam-se a uma avaliação de desempenho. Na visão da Nova SBE, que importância tem o reconhecimento dos estudantes pelo mérito?
Como já referi, a adesão a este Programa é inteiramente facultativa e os nossos alunos não recebem qualquer contrapartida académica, não lhes sendo atribuídos créditos para nenhuma cadeira, uma vez que pretendemos sobretudo contribuir para o desenvolvimento da personalidade dos nossos estudantes.

No entanto, o empenho destes alunos é reconhecido publicamente através da entrega de um diploma suplementar, no qual fica impresso a dedicação do estudante que, em muitos casos, vai além do trabalho voluntário no “Comunidade Nova” e implica também o trabalho desenvolvido na integração dos novos alunos ou com os trabalhos associativos, entre outras iniciativas. Acreditamos, por isso, que a singularidade do nosso Programa se deve a esta componente de dedicação gratuita a quem mais precisa, sem qualquer expectativa de uma recompensa académica.

Não obstante, este obedece a um regulamento que é necessário cumprir por razões que se prendem com o compromisso responsável que estabelecemos com as instituições parceiras. Este regulamento inclui a entrega do “Passaporte do Voluntário” devidamente preenchido. O referido documento reúne o registo semanal do trabalho em desenvolvimento e o número de horas dedicado ao voluntariado na instituição da preferência do estudante. O “Passaporte do Voluntário” permite ao Gabinete de Desenvolvimento do Aluno (GDA), estrutura da Nova SBE responsável pelo programa “Comunidade Nova”, acompanhar o trabalho desenvolvido pelo estudante, bem como analisar, em conjunto com o voluntário e a instituição, a eficácia do serviço prestado.

De que modo é que a Nova SBE garante uma taxa de empregabilidade de 100%, seis meses após a conclusão dos seus cursos de licenciatura em Gestão e Economia e de mestrado, nas áreas de Finanças, Gestão e Economia?
De facto, mais de 40% dos estudantes da Nova SBE seguem carreiras internacionais e todos encontram trabalho seis meses após terminarem os mestrados. Estes excelentes resultados devem-se, no nosso entender, e sobretudo, à qualidade académica da escola, à sua estreita relação com as empresas e com o mercado de trabalho, à proximidade com a comunidade de 12 mil alumni em todo o mundo, à reputação internacional confirmada pelas acreditações e pelos resultados nos rankings internacionais, e, por último, ao espírito único que os estudantes reconhecem à Nova SBE.

Mais concretamente, é importante referir que os programas da Nova SBE privilegiam uma formação integral que compreende programas académicos de excelência e competências sociais ou comportamentais que vão de encontro às exigências dos processos de recrutamento, apostando na formação internacional, no aperfeiçoamento do inglês e no desenvolvimento das capacidades analíticas, de comunicação, de negociação e do trabalho em equipa.

Por outro lado, a NOVA SBE, através do seu Gabinete de Desenvolvimento de Carreiras, apoia ainda os estudantes relativamente a questões individuais que possam surgir durante o curso, ou no que diz respeito a questões relativas ao seu processo de decisão pessoal e de carreira, abordando temas como a continuidade dos estudos versus a integração no mercado de trabalho, entre outros.

A escola assessoria também os alunos na obtenção de estágios de Verão e na integração no mercado de trabalho, acompanhando as suas carreiras, disponibilizando ofertas de trabalho e reforçando a relação com as empresas, pelo menos durante três anos após terminarem a sua formação. Este trabalho, realizado em conjunto com as empresas (o qual, quando começámos, foi extremamente diferenciador em relação às restantes escolas), constitui sem sombra de dúvida uma das razões principais do nosso sucesso. Assim, são vários os docentes da Nova SBE que trabalham em empresas e, nas suas aulas, oferecem, além de uma grande qualidade académica, a perspectiva e experiência do mundo empresarial.

Por outro lado, uma grande parte das cadeiras leccionadas na escola convida os estudantes a analisar case studies do mundo corporativo e de diferentes sectores como a banca, consultoria, grande consumo, energia ou telecomunicações. Também as teses de mestrados, que na Nova SBE podem adquirir contornos muito práticos e funcionar como autênticos laboratórios empresariais, constituem um importante ponto de interacção com as empresas. No âmbito destas teses os alunos propõem-se a resolver problemas muito concretos e relevantes do quotidiano empresarial.

Por último, devemos referir ainda que a escola continua a acompanhar o desenvolvimento das carreiras dos seus antigos estudantes muito além do primeiro emprego, proporcionando não só aconselhamento como ofertas de formação adaptadas às diferentes necessidades e etapas das suas vidas, incluindo nos complexos processos de mudança de vida ou de carreira.

Como comenta o reconhecimento internacional da Nova SBE, agora reforçado pelo facto de os vossos mestrados terem sido considerados pela EDUNIVERSAL os melhores e em maior número, entre as escolas portuguesas, nomeadamente o Master em Economia, que alcançou o primeiro lugar a nível nacional e a 7ª posição do ranking europeu?
A Nova School of Business and Economics encontra-se presente em sete rankings, cinco do Financial Times e dois da EDUNIVERSAL. No ranking de mestrados que referiu e que foi recentemente divulgado pela EDUNIVERSAL (a agência internacional para o ensino superior que publica uma das avaliações mundiais de maior referência sobre mestrados), a Nova SBE foi, mais uma vez, a portuguesa melhor classificada. Estamos muito orgulhosos com mais esta distinção, principalmente ao vermos o mestrado em Economia da Nova SBE ser eleito o 7º melhor da Europa.

Constata-se que, nos últimos anos, a escola conheceu uma evolução muito positiva e ascendente nos rankings internacionais e é importante referir que esta classificação, a par das acreditações (a Nova SBE recebeu a acreditação Triple Crown – AACSB, EQUIS e AMBA), funciona como uma credencial de qualidade extremamente importante tanto nos contactos directos com professores e estudantes estrangeiros, no âmbito de contratações e candidaturas, como nas feiras internacionais em que estamos presentes, no mundo inteiro.

Assim, e num mundo cada vez mais global, as distinções internacionais, que funcionam como um indicador de qualidade e excelência académica, contribuem também para uma enorme adesão de alunos estrangeiros que rondam, actualmente, os quatrocentos, num total de cerca de dois mil alunos que frequentam a escola. O reconhecimento dos rankings facilita ainda a contratação de professores estrangeiros que correspondem já a 30% do corpo docente, permitindo à Nova SBE oferecer formação académica num ambiente multicultural.

Também a nível nacional, e numa altura em que as universidades portuguesas atravessam um momento particularmente difícil, a presença nos rankings constitui um elemento diferenciador que permite atrair o melhor talento nacional para a escola.

Por último, com a construção de um novo campus em Carcavelos, vamos ter condições para receber cerca de 3350 utilizadores, 3100 dos quais serão alunos (destes, 50% serão estrangeiros). Estamos confiantes de que a primeira pedra do novo campus em Carcavelos será lançada este Outono e que a obra vai estar terminada a tempo do ano lectivo de 2016/2017.

Voluntariado é essencial para a sustentabilidade das instituições
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No âmbito das comemorações do Dia Internacional do Voluntariado, a Nova School of Business and Economics (Nova SBE) realizou, a 5 de Dezembro de 2013, o Simpósio Nacional do Voluntariado no Ensino Superior.

Fazendo um balanço “muito positivo” do evento, quer para os estudantes voluntários da Nova SBE envolvidos no programa “Comunidade Nova” que marcaram presença no Simpósio, quer para as instituições presentes (juntas de Freguesia, ONG e instituições particulares de solidariedade social, entre outras), José Ferreira Machado sublinha ao VER que a iniciativa “constituiu um momento de partilha e de reflexão por excelência, durante o qual confirmámos a importância do voluntariado para a sustentabilidade das instituições, nomeadamente do terceiro sector, e para o desenvolvimento de uma sociedade que se quer mais solidária.

No decorrer das várias sessões, houve ainda oportunidade para sublinhar “a importância do voluntariado para a formação de cidadãos activos e participativos, membros integrantes e construtivos de uma sociedade melhor”. Os participantes tiveram a possibilidade de assistir à divulgação de dados científicos, apresentados por professores universitários de várias escolas portuguesas, sobre a importância do contributo do trabalho cívico e voluntário para o bem-estar e a felicidade dos estudantes universitários.

O encontro reuniu docentes universitários, o Cardeal Patriarca de Lisboa, personalidades públicas ligadas ao mundo do voluntariado, representantes de instituições sociais e voluntários. Na opinião do director da Nova SBE, promover o debate sobre Cidadania, em geral, e Voluntariado, em particular, entre os vários quadrantes da sociedade portuguesa, é da maior relevância, no difícil momento que o País atravessa: conseguimos reunir neste Simpósio personalidades políticas, civis e religiosas ao mais alto nível e com provas dadas nesta área. Sem dúvida que, no actual contexto socioeconómico, se torna pertinente assumir a extrema importância do trabalho cívico e voluntário na nossa comunidade, especialmente numa altura em que as instituições e o terceiro sector, de uma forma geral, sobrevivem essencialmente através do voluntariado”.

Defendendo que, “nesta conjuntura, é premente assumir uma consciência de integração e participação social que passa por este tipo de contributo que, apesar de não substituir os recursos humanos e os recursos técnicos das Instituições, vem complementar e garantir a eficácia do trabalho desenvolvido nesta área”, Ferreira Machado conclui que a Nova SBE acredita que “a reunião de esforços oriundos de vários quadrantes sociais contribui para melhorar a nossa sociedade, não só do ponto de vista económico mas também do social e do humano”.

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