Ter mais sucesso é uma escolha ao alcance de qualquer um, mas é preciso querer pagar o preço. Podemos percorrer o caminho que outros idealizam ou ditam, ou podemos ser nós a traçar o rumo, a liderar a acção e a ser exemplo para tantos outros. Qual é a sua escolha? Já pensou, até que ponto é que está disposto a superar-se?
POR ANABELA CONDE

Sonhar continua a ser grátis e é tão bom! A questão é que hoje, com todo este “ruído” à nossa volta, parece que quando sonhamos, a sociedade, os amigos e até a família nos olham de lado, como se nos esquecêssemos do país em que estamos ou não víssemos televisão. Mas, se não o fizermos, não progredimos.

Não há problema nenhum em definirmos novas metas. Aliás, se não tivéssemos definido as últimas, seguramente, que não teríamos chegado onde chegámos. Complicado é quando não visionamos mais além, ou quando, simplesmente, definimos as metas mas depois não fazermos mais nada para chegar perto delas.

Já pensou quantas vezes na nossa vida pessoal e profissional é que nos ficamos pelos objectivos? E estes, serão suficientemente claros? Será mais fácil saber o que não queremos, excluir isso mesmo, e depois, clarificar o que pretendemos. Não podemos é ficar por aqui… Quais são os nossos planos para correr atrás dos objectivos a que nos propusemos?

[pull_quote_left]“Se nunca houver algo a correr menos bem é porque não experienciámos nada de novo e isso não nos faz avançar”[/pull_quote_left]

Acreditar, arriscar e confiar podem ser peças fundamentais numa altura em que a sociedade está desacreditada e em que, muitas vezes, os elementos das nossas equipas também.

Mas correr para o sucesso obriga-nos a estar atentos aos outros, a ter tempo também para eles, porque, bem vistas as coisas, não chegamos lá sozinhos. A forma como percebemos os outros e como calçamos os seus sapatos condiciona a nossa criação de empatia e todos sabemos que, quanto mais empáticos soubermos ser, mais eficaz a nossa comunicação se torna.

Não deve ser à toa que temos duas orelhas e uma boca, por isso, talvez devamos escutar o dobro do que falamos. A escuta activa faz-nos entrar na pele do outro, perceber as suas razões, intuir determinados propósitos, e dá-nos uma capacidade absoluta de colocar as questões certas.

Tantas e tantas vezes não é o que dizemos, é como o dizemos. E nisso, reside a diferença da nossa verdadeira capacidade de comunicar, de influenciar os outros positivamente na direcção do que ambicionamos, até de os inspirar.

E por falar em ambição… Querer mais e melhor não tem que ser presunção, passa por achar-se capaz e saber que se merece. E isso não tem que ser desmedido, nem mal percebido. Passa pelo querer estar entre os melhores, com a autenticidade e o carisma de cada um. Tal não tem nada de errado, é típico do líder, de quem pretende sistematicamente ser exemplo.

Quando gostamos do que fazemos, o coração e a intuição vão à frente, como se deixássemos que a paixão tomasse as rédeas do nosso talento e das nossas competências. Há que não ter medo de errar e assumir a responsabilidade pelo que corre bem e menos bem. Se não houver algo a correr menos bem, de vez em quando, é porque não experienciámos nada de novo e isso não nos faz avançar. Errar faz parte do progresso.

Um dos truques fundamentais para fazer acontecer os nossos planos é a utilização que fazemos do nosso tempo, isto é, se passamos a maior parte dele a resolver problemas ou se reservamos nem que seja meio-dia por semana para pensar novas soluções e revisitar o plano de acção. No fundo, estamos a falar de gerir o tempo de que dispomos adequadamente e de não nos permitirmos que ele nos gire a nós.

Ser exemplo, constituir um modelo, definir os padrões, são as escolhas de quem, ao invés de seguir, se sente chamado a liderar. Para muitos, definir os standards, elevá-los, estar em controlo e provocar mudanças é estar como peixe na água.

O sucesso da liderança não é garantido, mas se for esta a sua escolha, defenda-se deixando o mínimo ao acaso. Prepare-se a cada desafio e tenha muita energia para continuar sempre a subir a fasquia, porque é disso que precisamos.

*Anabela Conde será oradora na sessão “Paixão na Gestão de Equipas Comerciais” no 7º Congresso de Motivação e Desempenho Comercial da Ideias&Desafios, dedicado este ano às estratégias para voltar a despertar a paixão pelas vendas nas equipas comerciais. O evento realiza-se em Lisboa, a 17 de Abril, e Braga, a 23 de Abril.

Para saber mais, consulte: www.ideiasedesafios.com

Associate da Ideias & Desafios